A BioBip Energia, estrutura da incubadora de empresas do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), tem conseguido demonstrar às empresas tecnologia capaz de rentabilizar os resíduos e já captou a atenção de investidores do Alto Alentejo, do país e do estrangeiro.

Numa perspetiva de economia circular, em que os produtos condenados ao lixo podem renascer para uma segunda vida, a BioBip Energia trata os resíduos das empresas como subprodutos, num círculo contínuo que traz benefícios para o ambiente e vantagens financeiras para os empresários.

Em entrevista à Rádio Portalegre o responsável pelo centro de experimentação da BioBip Energia, Paulo Brito, afirmou que investigação desenvolvida na incubadora de empresas do IPP já é aplicada em várias empresas, nomeadamente em suiniculturas e indústrias de transformação de cortiça.

Segundo Paulo Brito, as várias unidades piloto de demonstração tecnológica de valorização de resíduos permitem, por exemplo, a produção de biocombustíveis gasosos, mas há também substâncias químicas que podem ser economicamente valorizadas.

O objetivo da BioBip passa por continuar a atrair empresas para a incubadora, “pegar” nos resíduos e demonstrar o seu potencial na rentabilização dos negócios.

Paulo Brito acrescenta que o ensino aplicado, na área da Bioenergia, representa um passo importante no desenvolvimento da estratégia do IPP em se afirmar nesta área científica e ser um contributo para as empresas.

O mesmo responsável sustenta que a BioBip Energia é uma estrutura altamente relevante para a evolução e desenvolvimento da instituição de ensino superior do Alto Alentejo.

A BioBIP Energia é um centro de experimentação semi-industrial, à escala piloto, está enquadrada no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo num espaço com 1000 m2 e está vocacionada para o aproveitamento energético de diversos resíduos de biomassa numa perspetiva de apoio direto aos investidores.

 

Notícia Rádio Portalegre